sábado, 13 de março de 2010

Certo homem nascera cego, Nunca havia visto o sol e perguntou a respeito dele aos que podiam ver. Alguém lhe disse: "O formato do sol é como o de uma bandeja de bronze." O cego deu uma pancada na bandeja de bronze e ouviu-lhe o som. Mais tarde, ao ouvir o som de um sino, pensou que fosse o sol.

Depois alguém lhe disse: "A luz do sol é como a de uma vela." O cego apalpou a vela e achou que essa era a forma do sol. Mais tarde, apalpou uma chave (grande) e pensou que fosse um sol.

O sol é inteiramente diferente de um sino ou de uma chave, mas o cego não pode conhecer essa diferença, porque nunca viu o sol.

Mais difícil é ver o Tao do que o sol e, quando as pessoas não o conhecem, são exatamente como o cego. Mesmo que se faça o melhor para explicá-lo por analogias e exemplos, ele ainda aparecerá como a analogia da bandeja de bronze e da vela.

Pelo que se diz da bandeja de bronze, imagina-se um sino, e pelo que se diz da vela, imagina-se uma chave.

Desse modo, cada vez mais afastado se fica do Tao.

Os que falam a respeito do Tao às vezes lhe dão um nome de acordo com o que lhes ocorre ver, ou imaginar que ele é, sem o haverem visto.

São erros que acontecem no esforço para compreender o Tao."
Su Tungpo

Nenhum comentário:

Postar um comentário